sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Cuba, A Ilusão da Utopia ou A Utopia da Ilusão I ?

No final dos anos 50, o sonho de muitos jovens latino-americanos era implantar um sistema socioeconômico que corrigisse as injustiças geradas pelo processo histórico e distribuisse melhor a riqueza nacional e mundial. Tais estudantes foram imbuídos dos ideais assmilados das páginas dos livros de autores cuja hermenêutica era marxistas, influenciados pela poderosa URSS que, pela pregação de alguns bolchevistas - Lênin, Stálin e Trotsky - implantou um sistema planificado da produção e pelo sucesso da revolução de esquerda já consolidada por Mao Tse Tung em 1949, na China.
Ernesto Rafael Guevara de la Serna, o Che, um jovem médico argentino cujo histórico de vida era um tanto conturbado por grandes dificuldades colocou o sonho de libertação e autodeterminação dos povos oprimidos acima dos ideais da sua profissão, resolveu apoiar um grupo de jovens estudantes cubanos liderados por Fidel Alejandro Castro Ruz, Camillo Cienfuegos, entre outros.
O Movimento 26 de Julho, recebeu este nome, porque nesta data houve o ataque aos quartéis de Moncada em Santiago de Cuba e Carlos Manuel de Céspedes em Bayamo, no ano de 1953. Os revolucionários foram derrotados e centenas deles mortos em combate ou executados. Fidel Castro e outros líderes foram julgados e condenados a prisão. Também foi criado o Grêmio Revolucionário formado pelos mais ardentes e combativos estudantes universitários.
Um grupo de oficiais militares aquartelados no Acampamento Militar de Columbia - José Ramón Fernandez, José Orihuela, Enrique Borbonet, Ramón Barquín, Manuel Varela Castro, entre outros - na Fortaleza da Cabana e nos Colégios Militares. Tais oficiais se rebelaram e conspiravam contra a política acéfala do presidente Fulgêncio Batista, exigindo melhorias no processo de formação e profissionalização dos militares. Uma denúncia levou a prisão de todos os conspiradores e ao aborto dos seus planos revoltosos.
Também houve o ataque ao quartel de Domingo Goicuría em 29 de Abril de 1956. Eram cerca de 50 combatentes da Organização Autêntica liderada por Reinold García. Depois constatou-se que eram esperados, visto que, 17 combatentes foram mortos, nenhum ferido e, do lado dos militares, nehuma morte e nenhum ferido. Após este ataque o governo recrudeceu contra os movimentos revoltosos, levando Fidel Castro se retirar para o México, de onde planejava uma nova investida mais eficiente e mais organizada.
Fidel Castro organizou a Expedição Libertadora e, há 2 de Dezembro de 1956, retornou a Cuba a bordo do Yate Granma, desembarcando nas Províncias Coloradas Orientais. Após muitos reveses, Fidel Castro e alguns poucos combatentes conseguiram conquistar um território em Sierra Maestra ao sul da ilha. Ali Fidel construiu o núcleo basilar de um exército rebelde. Um mês depois Fidel Castro atacou o quartel de La Plata com sucesso.
Enquanto Fidel Castro combatia nas montanhas em diversas ações, o comandante José Antonio Echeverría - Presidente da Federação Estudantil Universitária - e seus comandados atacavam o palácio presidencial em Havana, a capital. Fracassaram neste ataque e o comandante Echeverría morreu. Em diversas cidades muitas ações de sabotagem, pilhagem e atentados apenas contribuíam para o recrudecimento da ação governamental com execuções, prisões e torturas.
No final de 1957, o Exército Rebelde já se achava fortalecido em Sierra Maetra com duas colunas revolucionárias de combatentes. No início de 1958, os revolucionários deram início a uma greve geral com grande força, após tentativas fracassadas de ataques das tropas governamentais a Sierra Maestra. Embora Fidel Castro tenha criado duas novas colunas lideradas, respectivamente, por seu irmão, Raul Castro e por Juan Almeida, a fim de aumentar o controle em outras áreas montanhosas, a greve geral fracassou.
O presidente Fulgêncio Batista aproveita o enfraquecimento da guerrilha para promover um grande ataque a Sierra Maestra com 10.000 homens. Apesar do ataque, as guerrilhas conseguiram derrotar as tropas do governo, obrigando-as a bater em retirada. Neste cenário, Fidel Castro investe contra Guisa, Che Guevara e Camilo Cienfuegos controlam Lãs Villas, Raul Castro e Juan Almeida conquistam Santiago de Cuba.
A 1º de Janeiro de 1959, o presidente Fulgêncio Batista abandonou o país. A embaixada norte-americana, tentou, ainda, uma nova manobra, apoiando a criação de uma Junta Cívico-Militar, sob o comando do general Eulogio Cantillo. Fidel ordenou os revolucionários de Santiago de Cuba a se renderem, mas convoca uma greve geral que paralisa o país. Estas ações acabaram por consolidar a Revolução Cubana.

Um comentário:

Unknown disse...

Boa tarde Santos, encontrei seu blog...
Adorei este artigo, como o mesmo diz ilusão utópica, onde o revolucionário que comentávamos à pouco fez a sua história usando de base a populaçao carente, que vinha de sofrimentos e guerras,com isso ele ergueu o seu nome e como todos o conhecem de "A lenda Cubana".

Grande abraço!

Thiago Soares.